DICAS DA SEMANA

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Olimpíadas SESC GR - Maranhão





De malas prontas para mais um campeonato - Olimpíadas SESC - em São Luís.

Como é bom coordenar uma banca de arbitragem ética e justa e estar ao lado de gente do bem... Isso dignifica o nosso esporte!

Vamos lá, amigas!  Viva a ginástica rítmica!!!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Aniversário de Milla Ágata




Ontem, dia 21 de outubro, há 11 anos, nascia a razão da minha vida - Milla Ágata Braga Silva.
Não há palavras para expressar o que sinto por ela, então... o faço com atitudes.

Obrigada Edgar e Márcia!

Vida de professor



Seguem as homenagens ao professor - classe que, ao longo dos anos, sofreu um desprestígio e, com muita luta, tem buscado reconquistar seu espaço e se firmar em um país onde a Educação é relegada a segundo plano.



                                                               (Patronesse da turma de História UEMA/CEO)   


PROFESSOR DO SÉCULO XXI


Nada, diretamente, contra o ensino tradicional (teve o seu tempo e sua contribuição), nós mesmos, professores do século XXI, fomos educados nele; mas ainda hoje, quando o mundo necessita da participação atuante desse profissional, ele parece cada vez mais propagar a “velha” doutrina tradicionalista, muito mais por não saber o que fazer com a modernidade do que por aceitar essa forma de mediar o ensino e ajudar os alunos a se tornarem sujeitos do saber.

Muito material e pesquisa de qualidade têm-se produzido no país em todos os ramos da ciência; os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram editados há quinze anos e após quase duas décadas nos deparamos com um profissional apático e insensível às mudanças.

Acredito que agora é a hora de uma educação para o pensar, um ensino voltado para o coletivo e o individual; não podemos sustentar, em um mundo globalizado, uma educação retrógrada e ineficiente que aceite “dinossauros” dirigindo aviões e "homens das cavernas" ditando as regras da língua.

Nós, professores, precisamos “acordar” para o novo século que se descortina e refletir um pouco mais sobre nossa atuação, sobretudo no que se refere às nossas habilidades e competências.

  Gostaria de comentar, antes de falar das HC, sobre como têm agido, especificamente, os professores de língua portuguesa, área em que atuo.

Como dizia, após alguns anos de implementação dos PCN, o que se vê, em termos de trabalho com a língua portuguesa, é muita teoria e pouca (pouquíssima) prática de nossa parte (e autoridades competentes também).

O professor de português ainda não se deu conta de que ENSINAR a língua, ou melhor, TRABALHAR a língua é desenvolver junto aos alunos a interação e seus conhecimentos discursivos e linguísticos (desenvolver as competências e habilidades: ouvir, falar, ler e escrever) e não perpetuar a doutrina opressiva da gramática tradicional (em que se trabalha a parte e não o todo).

O próprio professor, que deveria combater o preconceito linguístico, é o primeiro a difundi-lo admitindo que seus alunos, bem como um enorme número da população, não sabem português, escrevem e falam “errado” (como se fosse possível errar sua própria língua).

Esse e outros preconceitos são disseminados em sala de aula (todos os dias), não é sem razão que os alunos dos diversos níveis dizem constantemente: “Eu não sei português”, “Eu não gosto de português”, “Eu falo muito errado”, “Eu escrevo errado”, “Português é difícil”.

Que espécie de falantes nativos estamos formando, então?

As condições de trabalho, o salário e tantos outros problemas, como falta de investimento na educação, não podem ser desculpa para as aberrações que ocorrem no nosso meio; o aluno é um ser humano que espera de nós (muitas vezes, é a única “fonte de informação” que possui).

Quando vamos olhar para o futuro e valorizar nosso trabalho?

Quando vamos perceber que o trabalho com a língua em uso, respeitando as condições de produção é nosso passaporte para um ensino de qualidade a que tanto almejamos?

Com relação às demais áreas, creio que devemos ensinar para a vida; os saberes difundidos e trabalhados em sala devem ser significativos e ter alguma serventia ao longo da estrada da vida.

   (Quinteto fantástico da FACI)



HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR

Quanto às habilidades e competências, conversaremos, à priori, sobre quatro delas:

Ø   A capacidade de inovação e liderança;

Ø   A capacidade de gestão de informações para uso futuro;

Ø   A capacidade de utilizar tecnologias para ambientes tradicionais e virtuais;

Ø   A capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal.

Eu as elegi porque penso o quanto são importantes na vida de um professor, e aproveito o ensejo para lembrar de um grande educador brasileiro, Paulo Freire, que dizia não ter medo de "ser amoroso". Ele, mesmo sem ter ouvido falar desses conceitos, amou seus alunos e conhecia, como ninguém, a arte da interação interpessoal – diria que ele tinha a capacidade de enxergar um outro ser do outro lado e amá-lo.

Em termos gerais, necessitamos da capacidade de inovação e liderança. Um professor que não administra bem seu espaço, não consegue enxergar além das quatro paredes da sala de aula e do quadro, não pode ser considerado um educador.

Como ele irá despertar e motivar o espírito empreendedor do aluno se ele mesmo não inova? Como irá “guiar” um grupo de pessoas, se não sabe liderar? Guiando às cegas já temos já os políticos e tantos outros profissionais em nosso país (que é outra história e daria muito "pano pra manga"... é melhor parar por aqui!).

Porém, com certeza, o maior responsável pela mudança de um povo é aquele que “educa” todos os outros profissionais; este deveria ser o primeiro a desenvolver o espírito inovador e de liderança, a fim de contagiar os outros.

O professor do século XXI precisa, também, ter a capacidade de gestão de informações para uso futuro (tanto para o seu, quanto para o dos alunos). O que ele ministra em sala necessita repercutir no futuro dos educandos; é preciso fazer sentido as informações que traz para os alunos.

De que me servirão as operações matemática, a coesão e coerência textual, o conhecimento acerca corpo humano, do ambiente, das regiões...?

Além de gerir bem a informações, o professor necessita da capacidade de utilizar tecnologias para ambientes tradicionais e virtuais. Usar bem os instrumentos que alicercem seu trabalho é fundamental; trabalhar com a Internet a seu favor; buscar nas dinâmicas de grupo e nas “brincadeiras” do cotidiano meios de subsidiar as informações é ter certeza de alcançar os seus objetivos, é ser eficaz com eficiência, e isso nos faz sentir realizados. As tecnologias vêm para somar, bom para aquele que está “antenado” e sabe fazer uso dos mesmos a seu favor.

Todavia, de todas as capacidades aqui apresentadas, muito me preocupa o professor que não possui a capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal. Saber que o ensino é uma via de mão-dupla (você ensina e aprende com você mesmo e com o aluno), ter a sensibilidade de reconhecer um ser humano do outro lado é fantástico!

O professor que consegue isso é admirável!

Reconhecer o coletivo e a individualidade nesse coletivo, comunicando para todos e para cada um, faz dele um mestre na arte de comunicar e de interagir. A interação deve fluir de maneira agradável. É tão bom quando terminamos uma aula sem ouvir o famoso (e de muito mau gosto) jargão, ou bordão: “... por hoje!”.

Todas essas capacidades, somadas ao amor que temos pelo o que fazemos, certamente nos levarão a um ensino melhor e, quem sabe, quando estivermos aposentos não estaremos por aí palestrando sobre a experiência de ter sabido conduzir os trabalhos em sala de aula como verdadeiros maestros de orquestras sinfônicas!

Foram tantos instrumentos e músicos, todos diferentes e com funções definidas, mas todos com uma finalidade – tocar a música da arte de ensinar!

Essa música vale a pena ouvir, seeeeempre!

A começar por mim...





quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Como será o futuro do nosso país?"



O cantor e compositor João Alexandre, em uma de suas músicas diz: "Como será futuro do nosso país?"... Outubro é o mês das crianças e do professor; este é o profissional que cuida da educação neste país; aquelas, são os profissionais de amanhã.

Abro espaço aqui para refletirmos sobre os homenageados do mês.
Que tenhamos um futuro melhor!




EDUCAÇÃO


 (Tayna Marie, minha sobrinha francesa)


Em busca da ingenuidade perdida





É impressionante como nossas crianças estão cada vez mais (in)formadas, mas tanta informação pode estar “tirando” sua ingenuidade – característica essencial na formação do ser humano e muito importante nessa fase da vida.

A ingenuidade e a pureza estão sumindo mesmo com o tempo até em nossas crianças. A vida moderna, com a tecnologia e a mídia, oferece informações e serviços agora recheados de mashmelow com cobertura de chantily... e uma variedade de (dis)sabores, de cores, de tamanhos; guloseimas para todos os (des)gostos. Na busca da audiência e de uma fatia no mercado, os produtores usam armamento pesado. É só juntar tudo e avaliar quantos quilos de lixo isso pode acumular!

Mas o que está realmente acontecendo?

Com o passar do tempo, nossas crianças não brincam mais de “amarelinha”, de “roda”... até bem pouco tempo, as brincadeiras eram assim, ingênuas como elas. Isso não quer dizer que em outros tempos tudo era “um mar de rosas”, de forma alguma, havia outras formas de antecipar nelas a adolescência e a vida adulta, porém, cada vez mais observamos que os programas, a vestimenta, a música infantis, embora voltadas para esse público, possuem teor de adulto e têm feito um verdadeiro arrastão no valores.

Posso até estar exagerando, mas os consultórios estão cheios de crianças problemáticas; adolescentes engravidam cada vez mais cedo, a criminalidade por menores tem aumentado consideravelmente e... basta dar uma "olhadinha" nos jornais da cidade e nos  noticiários para constatar isso.

A modernidade é boa, todavia pode estar levando essa qualidade de nossos pequeninos, pois com ela vêm os desenhos animados (aliás, animadíssimos), os “monstrinhos” (in)ofensivos e tantas outras “coisas inocentes”; além disso, pesquisas revelam que grande parte dos telespectadores dos programas mais “picantes” da telinha são menores de idade (ei! que mal há em um “programazinho” proibido para menores de 14 anos?!), e há sempre um número considerável de crianças e pré-adolescente “plugados” em sites pornográficos e em programas condenados pela censura, pelo juizado de menores e pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Isso ratifica o cuidado redobrado que devemos ter com a educação desses seres que ainda estão experimentando as primeiras adversidades (e não diversões) da vida. Se não pararmos para analisar nossa função nesse contexto, perderemos nossos filhos.



O que o futuro nos reserva?




Que crianças queremos formar?
Garotos e garotas precoces, esbanjando sensualidade, telespectadores em potencial, internautas vidrados em cenas de violência e de sexo explícito ou crianças, simplesmente, vivendo essa fase de sua vida com um toque de ingenuidade?
Pais, educadores... não sejamos ingênuos ao ponto de “taparmos o sol com a peneira” e acharmos que são maduros o suficiente para seguirem sós; ou acharmos que podemos descansar (eternamente em berço esplêndido), cruzar os braços e esperar que a vida lhes ensine o que é nosso dever ensinar?!
O “Ministério da Saúde Infantil adverte acerca do nosso papel com essas crianças e, para “engrossar esse caldo”  temos Pirreneau, Piaget e tantos outros. Talvez Freud,  se estivesse em nosso meio, pudesse explicar (ou não). Em todo caso, se não cumprirmos nossa parte nesse processo, nós e nossos filhos iremos sofrer as consequências das escolhas e omissões feitas.
Nossa responsabilidade é bem clara: colocamos essas crianças no mundo e precisamos cuidar delas até que, com suas próprias pernas, possam seguir (nunca sós, mas sempre amparadas por outros humanos como seres sociais que são).
Do contrário, continuarão sendo consumidas nesse supermercado que é o mundo: com direito a cheque (mate) pré-datado, vale (de lágrimas) transporte, ticket (nervoso) refeição, cartão (vermelho) de crédito... e muito mais!
Envolvê-las em uma redoma sem deixá-las criar anticorpos ou proibi-las de tudo acreditando que “o que os olhos não veem, o coração não sente” não seria uma boa saída – os extremos nunca são boas posições.
Mas se estamos em busca da ingenuidade perdida, é importante sermos seletivos e conscientes e nos colocarmos em posição (de combate) de exemplo, sendo os primeiros (e os mais indicados) a “abrir os olhos” de pequeninos com muito diálogo, carinho e educação de qualidade.
As fases mal vividas, atropeladas trazem sérios problemas futuros, suas consequências são desastrosas à vida do ser humano, pois as experiências pelas quais passamos em nossa caminhada diária, faz-nos perder, ao longo dos dias, a ingenuidade, portanto, é bom repensar nossas atitudes e ajudar a formar crianças sadias e gerações equilibradas; o futuro depende delas!    



BRAGA, Esther. Em busca da Inocência perdida. Revista O Clarim. São Paulo: Igreja Adventista da Promessa, p. 77-80