DICAS DA SEMANA

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Helênicas...




É maravilhoso saber que a nossa trajetória não passa despercebida mesmo por aqueles que não tiveram o prazer da nossa convivência.

Muitas vezes somos rememorados em diversos textos em vida ou in memorian... Hoje gostaria de rememorar as muitas Helenas que fizeram história, em especial Maria Helena Ferreira, nascida em 9 de agosto.


HELÊNICAS...


 

Seu nome é forte – HELENA!

Na mitologia grega, ela era filha de Zeus com Leda, irmã gêmea da rainha de Micenas Clitemnestra. Teseu, o grande herói, não resistiu sua beleza que encantava homens e deuses, por isso não lhe faltavam pretendentes. Foi desposada então por Menelau e logo se tornou rainha de Esparta, mas ao afeiçoar-se ao jovem Páris, fugiu com ele para Tróia. Com isso, é desencadeada uma guerra sangrenta, que além dos interesses econômicos havia os passionais. Foram dez anos de luta cujo símbolo maior foi o Cavalo de Tróia, um verdadeiro presente de grego que dá cabo à guerra... a partir daí surgem diversas versões para o fim de Helena.
   
Outra Helena também foi alvo de uma história ímpar.
Mãe do imperador romano Constantino Magno, Helena teve uma vida castigada por sua condição social; mesmo se casando com o tribuno Constâncio Cloro, a plebeia de Bitínia foi apenas segunda esposa desse nobre porque acordos políticos o obrigaram a se casar com Teodora, parente do então imperador Maximiano. Sem perspectivas, passou a se dedicar exclusivamente ao filho. Com a morte do marido, Constantino, herdeiro por direito, é aclamado imperador e dá à sua dedica mãe o título de “Mulher Nobilíssima”; posteriormente, recebeu o título de “Augusta”. Os anos foram se passando e Constantino teve uma visão celeste que lhe fez vencer uma batalha praticamente perdida; ambos se converteram ao cristianismo e foi promulgado o Edito de Milão. Helena, muito devota, dedicou-se inteiramente às obras de caridade e a Cristo. Após sua morte, foi reverenciada como santa – a Santa Helena.

Manoel Carlos, dramaturgo brasileiro, também se rendeu aos encantos de Helena a ponto de ter, em suas novelas, oito protagonistas com esse nome. Suas Helenas eram fortes e pareciam reais; nisso reside o enorme sucesso que fez. Há quem diga que suas histórias se baseavam em fatos. O certo é que cada uma delas tinha uma história de fazer chorar e a força e o carisma delas eternizaram esse grande autor. Quem não se lembra de uma dessas Helenas que fizeram da teledramaturgia brasileira um verdadeiro sucesso!
  
Minha Helena não é diferente. Mulher simples, de uma infinita bondade, era cheia de vida. Como as personagens de Maneco, batalhou muito e correu em busca dos seus sonhos; porém, teve sua trajetória interrompida por um projétil que a atingiu por uma fatalidade. Sua família sofreu um abalo tão grande que mexeu com o alicerce de sua casa; sua amada mãezinha desenvolveu uma doença neuro-degenerativa, seus irmãos até hoje carregam a dor daquela madrugada tão difícil e as pessoas que a conheceram trazem a lembrança da encantadora Helena. Como tantas Helenas, ele se imortalizou em nossa memória...