DICAS DA SEMANA

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O Amor de Deus - trilogia


Fui convidada pela FUMAP - Federação das Uniões de Mocidade Adventista da Promessa - a escrever um artigo para o seu site; estava lendo a Bíblia e me deparei com a Primeira Carta de João e comecei a meditar no 

AMOR DE DEUS – UMA TRILOGIA
                      

      
   “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (I João 4.20)        


Perdoem-me se meu texto fala de amor e o inicio cogitando a possibilidade de sermos mentirosos, mas o versículo de João[1] é perturbador, aliás, sua Primeira Epístola é mesmo um convite ao questionamento e uma excelente oportunidade de entendermos o verdadeiro sentido e significado de AMOR.

Se você folhear esse livro, vai observar que ele considera o amor como o novo mandamento (2. 7-17), em seguida mostra como é grande o amor de Deus por seus filhos (3. 1-10), continua considerando que devemos amar uns aos outros (3. 11-18) e finaliza dizendo que Deus é o próprio amor (4. 7-21).

Alcançarmos esse penúltimo tópico para absorvermos o último é o desafio que lanço a você agora. Tenho um palpite, gostaria de dividi-lo com você, pode ser?

Quando comecei a meditar no “amar uns aos outros” e na expressão “Deus é amor” tão batida no meio evangélico, veio-me à mente algo que sempre cri piamente como uma verdade absoluta. Acredito até que é ponto passivo entre nós, pois nunca ouvi ninguém questionar essa espécie de axioma: falo do PAR como formação ideal de amar.  Acontece que a maior e mais perfeita expressão de amor existente vem em forma de trilogia: Pai, Filho e Espírito Santo.

Foi então que percebi que as várias formas de amar precisam ter um ponto de equilíbrio - uma terceira pessoa[2]. O nosso relacionamento de amor com Deus só tem sentido se entre adorador e adorado houver o terceiro elemento – o próximo; este será a prova de que o sentimento que nutrimos por essa divindade é realmente verdadeiro, pois se não amamos a quem vemos como poderíamos amar a quem não vemos?

O amor vertical é preenchido pelo amor horizontal, e a terceira pessoa - nosso semelhante - é a ponte que nos liga a Deus. Sendo assim, se dizemos que amamos a Deus, devemos provar esse amor no nosso próximo, a terceira pessoa essencial para que esse amor se concretize. Dessa maneira, a “tese” é: o amor verdadeiro tem sua completude na formação em trio, assim eu penso, e você?

Que o amor revelado a nós por meio da Triunidade (no Pai ao doar seu Filho; no Filho, a morrer por nós; e no Espírito Santo, a interceder por nós) nos faça viver a realidade de amar nosso próximo como a nós mesmos nessa trilogia de amor, sem faltar com a verdade.      




















[1] Não é sem propósito que ele é considerado o apóstolo do amor.
[2] A esse respeito, recomendo a leitura de SOUZA, Ricardo Barbosa. Caminhos do Coração - Ensaios sobre a Trindade e a Espiritualidade Cristã. Curitiba: Encontro, 2004. Lá encontrei mais material para confirmar minha “tese”.



quarta-feira, 19 de abril de 2017

Paralelos



Um dias desses alguém me confidenciou que se sentia um PARALELO em relação à pessoa amada, aí imaginei que isso daria um bom artigo.

Hoje, revendo meus arquivos me deparei com este texto por fazer. Pensei em quantas situações passamos e nos sentimos assim: são momentos agradáveis e desagradáveis com os quais nos adaptamos, mas é interessante os vieses que a vida traça para nós nos muitos dos seus...



Paralelos
  



    
              Tua boca só não me diz aquilo que eu gostaria de ouvir. Teus lábios me desejam, mas ao invés de sucumbi-los de beijos, acalantam minhas noites com canções que não me deixam dormir.

               Teu corpo suspira por se aquecer no meu, todavia não há nenhum vestígio de que possamos ocupar o mesmo espaço (essa verdade física nos define muito bem). Estamos delimitados e fadados a continuar nessa caminhada em eternos desencontros que me fazem perder o sono e a vontade de viver.

          Procuro em vão explicação para esse fenômeno que invadiu nossas vidas e vaticinou nosso destino. Mas a vida continua e nos mantemos simultâneos em canais diferentes, seguindo na mesma direção e no mesmo caminho, porém me abato, sofro e desfaleço porque não conseguimos nos encontrar em ponto algum.

        Tudo isso me intriga e me leva a questionar: se somos análogos, como explicar essa nossa infinita vontade de ser um e continuarmos sendo apenas dois? Como compreender que seguimos na mesma estrada e nela não há nenhum cruzamento, nem mesmo uma encruzilhada para um ponto de encontro?    

      Somos mesmo dois paralelos: estamos no mesmo plano, mantemos a mesma distância, mas infelizmente em nenhum momento nossas vidas podem se cruzar. Na verdade, somos os imaginários círculos geográficos que só existem nessa nossa mente de amantes.  









terça-feira, 11 de abril de 2017

GR - ProGResso em processo!



Há quase 20 anos caminho nesta estrada e dedico este artigo às verdadeiras AMIZADES que a ginástica rítmica me deu de presente. Saímos há pouco de um curso nacional e reencontrar os amigos foi uma grande festa. Além disso, partilhamos conhecimento e experiências, dividimos os saberes e no fim constatei que realmente a vida é mesmo assim, feita de:


ProGResso em processo


  
Nos tapetes desta vida somos constantemente avaliados. Já passamos por As e Bês de base, tivemos VTs e VAs e tantas outras nomenclaturas que as mais novas candidatas a essa mania que se chama GR nunca ouviram falar.

As experiências transformaram as flexibilidades em equilíbrios e rotações num processo em que rever conceitos e pré-conceitos se tornou algo comum; esse hábito diário nos leva a ver o mundo por outro ângulo, com 20° de tolerância nas mais variadas circunstâncias, algo inadmissível há tempos atrás. Nossas “verdades” já não são irrefutáveis, permite-se uma pequena discussão entre os avaliadores a fim de que se chegue a uma nota comum.

Verdadeiramente, demos uma guinada de 360º com uma nova realidade em que se admite 180° de rotação nas situações mais difíceis. Foi, sem dúvida um grande salto com direito grand-jeté e elemento validado com perda de aparelho desde que já tenha cumprido um manejo nessa dificuldade.

Mas as dificuldades ainda não cessaram, as penalizações continuam, embora acredite que isso é apenas uma síncope sujeita à “correção”. Os contratempos existem: aplicar uma pena artística a uma obra de arte é trucidar o belo e fazer dele algo banal; é admitir que temos o poder e a capacidade de avaliar e julgar o imensurável como o fazemos com um aparelho que se afere numa competição. 

De qualquer forma, creio que estamos no caminho certo, um dia chegaremos lá... Já mudamos de nível e de eixo, conseguimos enxergar fora do campo visual e a inatingível nota 10 foi batida provando que a perfeição é ilusión e que é possível transformar ginástica rítmica em um esporte para todos.

Só não são toleráveis as repetições porque somos dinâmicos e criativos, ainda assim feitas em série podem ser contabilizadas. Não é interessante! É o relativo tirando o absoluto de cena nessa movimentação coreográfica envolvendo ginastas e aparelhos na dança da vida.

Será que me fiz entender? 
Não posso repetir o jargão “Só os fortes entendem” porque estaria perpetuando um paradigma já quebrado no novo ciclo, mas posso dizer: “Vocês da GR me entendem”...

Isso é mesmo um “vício” que nos faz falar, respirar e transpirar ginástica rítmica o tempo todo (risos).

Viva o nosso esporte: I love GR, je t’aime de tout mon coeur y quiero seguir contribuyendo a su éxito...




Contem comigo, amigos!!!